Trabalho Final de Graduação / FAU USP
orientação _ artur rozestraten
coorientação _ guilherme wisnik
Este TFG possui um caráter experimental, ao mirar a Arquitetura sob as óticas de seus signos, fachadas e imagens escrita de ensaios e na elaboração de um projeto artístico que foi realizado em dois procedimentos. O primeiro deles parte de uma investigação livre pelas bibliotecas da FAU, através da digitalização de desenhos de elementos arquitetônicos em elevação [janelas; arcos; portões; colunas; frontões; torres; gradis; ornamentos], resultando em um atlas de signos arquitetônicos. O segundo procedimento se utiliza deste vocabulário gráfico para realização de uma obra instalativa, que ultrapassa a esfera de objeto artístico / representação e envolve o espaço através do toque da luz nas peles arquitetônicas
Na possibilidade de compreendermos as arquiteturas como suportes de significados, neste trabalho o ato de imaginar fachadas, se apresenta como um campo compositivo de experimentação lúdica, convidando o público a participar por meio de uma interface compositiva, que em tempo real projeta os signos em escala arquitetônica nas peles cegas dos edifícios modernos.
procedimento #1 _ o atlas¹ de signos arquitetônicos
¹ um atlas se constitui como uma ferramenta que funciona predominantemente através de leituras visuais, sujeitas a princípios móveis e provisórios, produtores de inesgotáveis relações e montagens como formas de releitura do mundo, como diz Didi-Huberman: ‘nem uma desordem absolutamente louca, nem ordenação muito sensata’
procedimento #2 _ instalação: dos estudos à projeção
Um dos principais objetivos deste trabalho foi a ativação de imagens e reflexões próprias da arquitetura, através de procedimentos das artes visuais na criação de uma obra instalativa. O caminho escolhido foi a criação de uma interface compositiva própria que permitisse a interação para montagem com os signos em tempo real, enquanto são projetados com video mapping. A programação desta interface foi desenvolvida pelo artista e programador Gustavo Milward através do Touch Designer.
captura de tela da interface compositiva e programação desenvolvida no touch designer
colagens do projeto instalativo
O resultado visual gerado pela instalação evidencia sobretudo a experimentação de mover, ampliar, rotacionar, alternar os elementos nas peles arquitetônicas onde se projeta, criando imagens em constante construção. Posta esta condição, dos signos em rotação, o olhar é convidado ao entendimento de que as composições de fachadas não são ordenamentos naturais e imutáveis de seus elementos, mas seu desenho se apresenta a partir de escolhas arbitrárias e intencionais de quem as produziu.
estudos e referências